terça-feira, 5 de abril de 2011

Ser professor: uma escolha de poucos

Estou postando o link da repostagem da revista Nova Escola de Janeiro/fevereiro de 2010 intitulada Ser professor: uma escolha de poucos, em que uma Pesquisa com estudantes do Ensino Médio comprova a baixa atratividade da docência.


Alguns trechos destacados:

Um recorte pelo tipo de instituição dá mais nitidez a outra face da questão: o tipo de aluno atraído para a docência. Nas escolas públicas, a Pedagogia aparece no 16º lugar das preferências. Nas particulares, apenas no 36º. A diferença também é grande quando se consideram alguns cursos de disciplinas da Escola Básica. Educação Física, por exemplo, surge em 5º nas públicas e 17º nas particulares. "Essas informações evidenciam que a profissão tende a ser procurada por jovens da rede pública de ensino, que em geral pertencem a nichos sociais menos favorecidos", afirma Bernardete. De fato, entre os entrevistados que optaram pela docência, 87% são da escola pública. E a grande maioria (77%), mulheres.

O perfil é bastante semelhante ao dos atuais estudantes de Pedagogia. De acordo com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de Pedagogia, 80% dos alunos cursaram o Ensino Médio em escola pública e 92% são mulheres. Além disso, metade vem de famílias cujos pais têm no máximo a 4ª série, 75% trabalham durante a faculdade e 45% declararam conhecimento praticamente nulo de inglês. E o mais alarmante: segundo estudo da consultora Paula Louzano, 30% dos futuros professores são recrutados entre os alunos com piores notas no Ensino Médio. O panorama desanimador é resumido por Cláudia*, aluna de escola pública em Feira de Santana, a 119 quilômetros de Salvador: "Hoje em dia, quase ninguém sonha em ser professor. Nossos pais não querem que sejamos professores, mas querem que existam bons professores. Assim, fica difícil".

Um comentário:

  1. Parece contraditório o título com a realidade, pois o que parece é que as pessoas hoje não querem ser professor. Na verdade, vivemos num contexto social que não favorece o ser professor. São muitas as necessidades e exigências para atender a demanda atua da educação. O que parece é que falta suporte para dar conta da realidade, pois os educadores não tem um salário adequado e para conseguir se manter precisa trabalhar em várias escolas ou ter uma carga horária exaustiva.

    ResponderExcluir